Na Constancia Da Inconstancia Como Fica O Emocional

Na constância da inconstância: Como fica o emocional?

Dura realidade esta que quando te perguntam: “Alguma novidade, amiga?”, a resposta é: “Graças a Deus, tudo igual!”.

Implorar pela rotina estável, mesmice, sem conteúdos surpresas tem sido votos de pedidos ao assoprar as velinhas de aniversário, que inclusive é um tema frequente na psicoterapia, desejos de mudanças e busca de esperança, fé.

E como nosso emocional reage à esta inconstância? E o de nossas crianças?

Nosso psiquismo é extremamente incrível e ele age de tal forma que busca sempre o equilíbrio. Assim sendo, quando se depara com alguma possibilidade de AMEAÇA, imediatamente aciona mecanismos de defesa. E o que isso significa?

A ameaça não é a inconstância, nem a angústia de estabelecer uma rotina, mas sim a nossa dificuldade de FLEXIBILIZAR, de CENTRALIZAR a resolução dos conflitos, de DIALOGAR, de AUTOCONTROLAR as emoções. Esse sim é o grande desafio diário e que sempre se fez presente, porém hoje explicitado na inconstância dos fatos e situações.

Nossos filhos reagem conforme o que captam de nós pais, reformulam essas informações em suas sensações e registram em seus psiquismos, gerando a memória. Isso sim precisa ser cuidado.

Fiquem atentos às projeções que nós pais fazemos em nossos pequenos, climas de cobranças e de estabilidade em dias tão desorganizados. A sugestão aqui não é cobrar a nota alta, mas reconhecer o esforço que eles estão tendo em sobreviver emocionalmente a tantas restrições, inclusive prazerosas, que geram tensões internas e dificuldades de descargas delas.

Portanto, manter um clima afetivo saudável dentro do ambiente familiar, com diálogo, flexibilização, solicitação de ajuda e cooperação e, por último, mas não menos importante, compreender que não temos controle das coisas, embora desenvolvamos o autocontrole de nossas próprias emoções.

A casa firme se mantém em pé, independente da tempestade externa, basta estar aberto para este cuidado e construção. Uma vez aprendido, jamais esquecido! E isso também fica registrado na memória de nossos filhos. Este tijolo é o respeito, que se propague e viabilize a construção de castelos. Este é o meu voto para todos vocês.


Psicóloga
: Juliana Buchatsky Kruglensky
CRP: 06/86329

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