7 Dicas – Quando buscar ajuda psicoterapêutica para seu filho?
Frequentemente nos deparamos com a certeza das incertezas, da intensidade das distintas estações do ano aglomeradas todas no mesmo dia, dentro de nossas casas. Pois é, tantas oscilações de humor, preocupações, medos, realidade que poderia ser fantasia. E se nós adultas nos sentimos fragilizadas com este conteúdo, imaginem nossas crianças, adolescentes?
Então, com muito carinho gostaria de orientá-las, como profissional da área da saúde, Psicóloga, especialista em atendimento de crianças, jovens. Me deparo constantemente com a aflição das mães, ansiedade, e as manifestações deste clima que vivemos em meus pacientinhos. E saibam que, como mãe, explicitamente, vejo meus filhos também desconfortáveis.
Assim, com a intenção de fortalecê-las, abaixo seguem as DICAS para a busca certeira por atendimento psicoterapêutico neste momento de pandemia. Entendam que se trata de sinais de possíveis angústias que nossos pequenos podem manifestar e devemos estar atentas, para evitar que estas angústias se tornem sintomas físicos. Então, o que vocês precisam saber para a busca adequada do atendimento psicoterapêutico:
1 – Quando houver REAÇÃO DESPROPORCIONAL da criança/jovem diante de algum fato;
2 – Quando a criança/jovem manifestar frequentes MEDOS, INSEGURANÇAS, IRRITABILIDADE, TRISTEZA. Neste cenário as crianças tudo absorvem, mas pouco entendem em sua totalidade.
3 – Quando houver SINAIS DE SINTOMAS: insônia, alteração na alimentação (voracidade ou falta de apetite), alteração no brincar, alergias, queda de cabelo, apatia, falta de vontades, roer unhas com maior frequência etc.
4 – Informar a criança/jovem da busca que farão por um psicoterapeuta para que ela entenda que será uma ajuda, que muitas vezes dentro de casa, vocês pais, não estão conseguindo ajudá-la integralmente.
5 – Atendimento on-line: é viável, há acolhimento e amparo da angústia. Importante saberem que são feitas adaptações das ferramentas e técnicas para este trabalho e que é realizado neste formato devido a situação atual de pandemia. O ideal, como tratamento, é a psicoterapia presencial, com setting terapêutico concretizado, entretanto supre a necessidade do momento, que é a resolução da angústia.
6 – A psicoterapia é norteada pela ANGÚSTIA, portanto, na conversa com o profissional, será identificado o formato deste trabalho, que pode se resumir, apenas, a orientação à pais. Dependerá de onde a angústia estará localizada, na criança, nos pais, ou em ambos.
7 – Mesmo crianças/jovens vivendo o excesso das telas, o clima terapêutico é diferente de uma aula de escola. É um momento acolhedor, empático e totalmente individualizado. Sentir-se escutado e amparado já trará alívio.
Que estas dicas te orientem e te tragam o acolhimento e o conforto nestes dias tão angustiantes e incertos. Sintam meu carinho. Sempre juntas!
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Juliana Buchatsky Kruglensky | Psicóloga Clínica | CRP 06/86329